segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Seguindo apenas a Emoção

Joanna não pensou que ainda naquela altura da vida se veria como uma adolescente boba. Branca com cabelos pretos cacheados compridos e olhos verdes.
Acabara de completar 25 anos e possuía na bagagem algumas historias de amor que tiveram o famoso “eles viveram felizes para sempre” como as que sua mãe contava a ela antes de adormecer.
Alguns namoros não muito significativos, a não ser um grande amor mal resolvido e dois casamentos desfeitos, um por enganos e outro por falta total de interesse da parte dela. Logo agora que ela estava recém separada e pronta pra curtir as delicias de uma vida de solteira, o destino lhe entregava aquela surpresa. Apaixonada! Por Deus, e como ela estava. Aquele sentimento a consumia por inteiro e ela sentia seu coração acelerar ao lembrar dos beijos de Maurício.
Conheceu aquele homem num momento comum, um sábado sozinha em casa na internet. Logo de cara abriram o jogo sobre as preferências de cada um na cama e muitas coisas combinavam. Encontraram-se a química foi maravilhosa. Maurício levava Joanna aos mais delirantes orgasmos múltiplos, coisa que ela ainda não havia conseguido sentir acompanhada ainda. Os outros homens sempre cansavam antes que ela conseguisse sentir tudo que seu prazer oferecia. Pediam água enquanto ela ainda nem mesmo havia cansado. Mas ele não, tinha um pique de menino de 18 anos, mesmo já tendo 29. Alto, de grande porte, corpo bem feito, cabelos castanhos lisos, uma boca e um sorriso mais que perfeitos. Uma voz extremamente sexy que fazia Joanna derreter-se quando ele pronunciava palavras de pouco uso, termos do trabalho dele. Sim, ele também era um homem que a atraia pela inteligência.


Toda vez em que saiam realizavam algo diferente, e isso deixava Joanna transtornada. Estar com aquele homem era não saber o que se passaria no segundo seguinte e a liberdade que ela sentia ao lado nele não era comparável a nada que ela já havia sentido com qualquer outro homem antes. Com Maurício ela podia ser ela mesma, com suas vontades não muito convencionais e fetiches, porque eles se entendiam, não se censuravam e ate mesmo se excitavam em proporcionar ao outro seus íntimos desejos. E assim ele ganhou não só o domínio sobre o corpo, mas também sobre o coração daquela mulher. Ela já tinha escutado falar que quando alguém nos faz sentir tanta liberdade ao mesmo tempo nos faz sentir preso. Joanna o tinha nos pensamentos varias vezes ao dia, e muitas vezes se via obrigada a parar o que estava fazendo e se masturbar tamanho era o tesão que sentia por esse homem. Lembrava das coisas que fizeram juntos, os momentos de entrega, a troca de olhares, a provocação com palavras diretas, todo o jogo de sedução que acontecia. As mãos dele eram sabias e já haviam decorado cada ponto exato em que deveriam tocar no corpo dela.
Ao ir dormir ela fechava os olhos e podia sentir ainda a maciez do cabelo dele entre seus dedos, mas ao mesmo tempo não conseguia lembrar-se do que jantara na noite anterior. Fazia mais de uma semana que haviam estado juntos pela ultima vez e ainda podia sentir o cheiro do corpo dele em sua cama. Sentia-se confusa por estar tão entregue assim, cheia de sentimentos por aquele a quem o corpo dela clamava a todo o momento. E mesmo ela tendo um grande problema com a palavra fidelidade, ali ela estava certa e segura que só haveria espaço pra um homem no seu coração e no seu corpo e esse homem era Maurício, e já havia sussurrado isso no ouvido dele durante uma das vezes em que transavam como dois animais no cio.




Ao dormir sonhava com as coisas que sentiram juntos e com as que apenas conversavam em realizar. Os sonhos eram tão reais que ela chegava ao ponto de acordar gozando. Ela criou um arquivo em seu computador onde escrevia poesias picantes e passionais direcionadas a ele, mas nunca teve coragem de mostrá-las a seu inspirador. E ela não escrevia nada parecido com aquilo desde que tinha uns 15, 16 anos, por isso sentia-se como se fosse uma adolescente novamente. Aquilo era delicioso, aquele friozinho na barriga novamente.
Tentava demonstrar não com palavras, mas com gestos, olhares e principalmente entregando-se de uma forma única quando estavam juntos. Mas decidiu que na próxima vez que estivessem juntos ela iria abrir o jogo e falar dos seus sentimentos, seja qual fosse a reação dele, aquilo a estava sufocando e ela precisava dizer. Fez de tudo pra conseguir ficar sozinha em casa, e quando conseguiu não pensou em mais nada que não em chamá-lo pra ir até lá. Ligou pra ele e mesmo tendo que atravessar a cidade à noite foi ao encontro dela. Pronto agora bastava apenas que ela criasse coragem de abrir seu coração. Chegando lá mal entrou na porta ele foi puxado para o quarto e teve seu casaco jogado no chão, sua calça e seu cinto abertos e foi jogado na cama. O tesão consumia o corpo dela e ela precisava senti-lo com urgência. Joanna tirou a roupa e foi em direção a ele deitado. Ela babava ansiando sentir aquele pau sempre muito duro na sua boca por inteiro. Maurício vestia uma cueca Box preta linda que deixava sua pele branca e suas coxas firmes ainda mais destacadas. E assim fez, deixou-o nu e molhou os lábios ao saber que provaria mais uma vez aquele pau tão saboroso. Ela chupava com muita vontade cada pedaço daquela vara enorme, incluindo as bolas dele que ficavam arrepiadas quando ela enterrava o pau no fundo da garganta.



Os gemidos dele a fizeram subir em cima dele e engolir todo aquele pau com sua buceta melada. Ele dizia coisas muito safadas, dizia que ela era a puta dele, a sua cadelinha. Não demorou para que ela desse mais uma daquelas gozadas de três orgasmos seguidos um do outro, fazendo o corpo dela ter espasmos e ficar trêmulo por alguns instantes.
Maurício a virou de barriga pra cima e levantou suas pernas de maneira que os joelhos dela encostavam no peito. Meteu seu pau o mais fundo que podia, sentindo bater no final daquela buceta gozada. Ficou ali comendo ela com tanta força, suando em cima de Joanna, e esse era um dos fetiches dela, sentir o suor escorrendo do corpo dele no seu. Gozou muito gostoso dentro dela, deitou ao seu lado e aninhou aquela mulher perto do seu corpo, fazendo-a deitar em seus braços e a beijando com doçura. Conversaram sobre coisas engraçadas da infância de cada um, e deram risadas juntos. Aqueles momentos eram tão cúmplices tanto quanto os que eles estavam encaixados dentro um do outro. Joanna tinha uma fantasia louca de apanhar de cinto e Maurício tinha conhecimento disso. Ela estava deitada de bruços na cama e ele a agarrou pelos cabelos e a fez ficar de joelhos na cama de frente para a parede e de costas pra ele.


Ela pode ouvi-lo juntar o cinto do chão porque a fivela fez barulho no piso de cerâmica do quarto. Preparou seu corpo respirando bem fundo e fechou os olhos aguardando sentir a força que ele usaria pra surrá-la. Ele bateu uma, duas, três vezes seguidas fazendo o corpo dela reagir, contraindo a cada açoite. Chegou próximo do seu ouvido e a segurou pela nuca dizendo que ela tinha que contar cada vez que ele a batesse, e em voz alta que ele queria ouvir. Mas disse isso como se fosse uma ordem, e Joanna sorriu feliz em poder obedecê-lo. Ela sentiu um tesão enorme nessa hora quase a deixando fora de si. Contou até 20, então ele parou, chegou perto dela e a tocou onde havia batido. Recomeçou e ela contou mais uma vez até 20. Não se sabe ao certo quantas vezes ela recomeçou a contagem do vinte, mas seu corpo queimava devido às cintadas constantes. Maurício batia nas coxas, na bunda e nas costas dela, às vezes com muita força às vezes suavemente, ela nunca sabia ao certo o que viria. Mandou que ela ficasse de quatro na cama e empinasse bem a bunda, e tornou a bater dessa vez com mais força ainda. Joanna sentia sua pele arder, nem mesmo terminava a dor de uma cintada e já levava outra às vezes no mesmo lugar. Que dor mais doce. Que dor mais excitante. Ela sempre desconfiou que fosse gostar, mas não achou que se excitaria tanto. Havia momentos que a dor era tão gritante que ela quase não conseguia pronunciar a contagem. Ele começou a bater e fazer carinho em seguida para que ela experimentasse uma dubiedade de sensações no mesmo local. Ela tinha vontade de gemer alto, gritar, mas não podia devido a estar em sua casa e com vizinhos muito próximos, mas acredita que o barulho das cintadas deve ter sido audível.


Não agüentando mais na mesma posição ela deitou-se de bruços e Maurício desferiu cintadas sem pausa, fazendo o corpo dela pedir mais cautela. Ele ficou preocupado em ter machucado Joanna, mas ela sorriu dizendo apenas que ela já estava realizada o bastante, que bastava, sua pele já estava em alto relevo e muito vermelha. Novamente ela ficou na posição de costas como no inicio da surra e ele a pegou forte pela nuca pelos cabelos e deu dois tapas na cara de cada lado e nos seios dela também. Aquilo era o que faltava pra deixá-la com um tesão fora do normal. Ela virou-se de frente pra ele segurando seu rosto com as mãos e olhando em seus olhos perguntou a ele:

_Você sabe não é? Sabe?
_ Sei sim, eu sei. Disse Maurício.
_ O que você sabe?
_ Que você é louca por mim.
_ Sim, muito, muito. Joanna disse com uma voz ofegante.



Beijaram-se e ao contrario do que ela imaginava, surrar ela o deixou muito excitado, seu pau estava muito duro, e ela pode notar que havia dentro dele um ladinho meio sádico, o que a fez ficar ainda mais fascinada.

Se pos de quatro e ele meteu com muita vontade na buceta dela que estava fervendo de desejo. Bater nela havia despertado um outro homem que Joanna ainda não conhecia. A maneira voraz como ele a penetrava demonstrava isso. Sentiu novamente o suor dele pingando em suas costas e ele dizendo que ia gozar pra que ela imediatamente gozasse junto. Pela primeira vez sentiam aquilo ao mesmo tempo, com ele puxando os cabelos dela e fudendo com muita força.




Conversaram mais um pouco e decidiram descansar um pouco, dormiram na famosa posição de conchinha, mas logo que ele pegou no sono ela se desvencilhou dos seus braços e deitou ao seu lado de frente pra ele. Observou cada detalhe do rosto dele e sentia seu coração na garganta de admirar como ele podia ser tão lindo. Estava com a barba por fazer o que lhe dava uma masculinidade sensacional. Sentir aquela barba arranhando seu pescoço a deixava ainda mais arrepiada. Olhou também seus lábios perfeitos, e se lembrou que aquele homem a chupou de forma única, simplesmente perfeita. Foi em uma outra noite em que fizeram o clássico sessenta e nove. Mesmo ela tendo uma tara em chupá-lo simplesmente não conseguia se concentrar, pois a maneira como ele fazia era algo que ela ainda não havia experimentado. Usava a língua de forma exata, nem forte e nem suave demais. Chupava com muito tesão enfiando um dedo na buceta e outro no cu dela ao mesmo tempo, a fazendo gozar duas vezes intensamente. Se existisse um premio como o oscar pra esse tipo de coisa com certeza ela estaria na presença do recordista de premiações. Sorriu ao lembrar disso, porque ele simplesmente não tem noção do poder que ele exerce sobre ela. Ele acha engraçado quando ela comenta essas coisas. Ele estava tão absorto ali, dormindo, que chegou a roncar bem baixinho, e até isso ela achou meigo. Gravou aquela imagem mental na sua cabeça, e fechou os olhos com a certeza de que se apaixonara não por que queria, mas sim porque era impossível resistir a tanto encanto junto.



Joanna acordou algumas horas depois e ficou deitada ao lado dele, sentindo aquele corpo quente embaixo do edredom, colado no seu. Logo Maurício despertou e já começou a tocar nela e a beijar. Optaram por fazer um fisting, algo que ele adorava e que ela estava doida pra sentir, concluir as outras vezes que haviam tentado e não conseguiram tudo. Ela deitou de barriga pra cima e colocou um travesseiro embaixo dos quadris, e ele assumiu a posição sentado em frente as pernas abertas dela. Besuntou a mão com muito k-y e começou com muita calma, com um dedo apenas. Passou para dois... Três... Quatro sempre a olhando pra conferir a reação dela. Cinco e Joanna começou a sentir desconforto, mas ao mesmo tempo estava muito excitada com a idéia de ter uma mão inteira dentro dela. Foi daí que eles haviam parado outra vez, com cinco dedos, e ela estava decidida a ir ate o fim. Ela respirou, relaxou, começou a masturbar-se e ele foi abrindo caminho dentro dela, a dilatando. Chegou um ponto que simplesmente não passava mais, algo trancava. Maurício perguntou se ela queria parar e ela disse que não, que estava muito gostoso e que ele continuasse do jeito que estava fazendo. Com muita calma ele foi pressionando a parte dos nós dos dedos, que é a de maior circunferência e de mais difícil passagem. A dor começou a ficar mais forte e por algumas vezes Joanna achou que não seria capaz de conseguir completar aquilo.



Mas o jeitinho dele fazer e a habilidade com que executava seus movimentos, fez toda a dor passar e o tesão prevalecer. Logo ela sentiu a mão dele inteira deslizando pra dentro de si. Que prazer inverbalizavel! Ele girava seu punho fechado lá dentro e ela sentia cada movimento dele. Quando ele puxava a mão pra fora Joanna sentia algo como uma pressão muito gostosa. Ele tirou a mão inteira e tornou a colocá-la, pra ver se ela se acostumava com a sensação da passagem daquela parte. Então conforme ele penetrava, ele narrava o que estava fazendo e isso a deixava quase gozando, porque percebia o tesão na voz dele, no que ele estava fazendo. Ela tocou e sentiu apenas o pulso dele de fora, assim como ela havia visto antes em fotos e vídeos. Não conseguia acreditar que havia conseguido e mais que isso, não acreditava que fosse tão bom. Imaginava que a sensação não fosse assim tão deliciosa o quanto estava sentindo. Quando Joanna estava gozando Maurício disse que pode sentir seus músculos ondulando, os espasmos, tudo por dentro dessa vez. Sua mão estava pressionada dentro daquela buceta chegando a doer. Ela fez força pra fora e ele conseguiu tirar a mão sem causar dor pra ela. Aquilo foi mais que uma experiência erótica, foi algo em que é necessária muita confiança, que cria uma ligação com a pessoa que se pratica.


Enquanto Maurício tomava banho ela sentou-se no computador e escreveu que havia passado a hora já de ela enfim dizer-lhe tudo que sentia. Dizia a si mesma:

_ Coragem Joanna. Você consegue, não é tão difícil assim.


Tomou um banho, vestiram-se e quando já estavam quase saindo ela pediu que ele sentasse na cama e sentou-se no colo dele, de frente pra ele enlaçando sua cintura com as pernas. Olhou dentro daqueles olhos lindos e tentou dizer tudo que havia ensaiado antes, mas a reação dele era de quem não estava querendo escutar aquilo.
Joanna não entendia, mas resolveu dizer do mesmo jeito. Mas tudo que ela tinha em mente não foi dito, e foi resumido num simples:

_ Estou apaixonada por você.


A maneira como ele a olhou nesse momento foi estranha. Quase fria. Ela não queria ouvir nada em resposta. Não estava pedindo nada. Apenas estava sendo tão verdadeira como nos momentos em que se entregava a ele. Ele a abraçou e disse que o perfume dela era bom. Mas era visível na expressão dele que havia algo errado. Joanna imediatamente arrependeu-se de falar, mas não tinha mais como voltar atrás. Foram em direção ao centro da cidade e na rua se tratavam quase como estranhos, sem nenhum tipo de contato. Desceu do ônibus de coração partido. Queria apenas que ele tivesse a entendido. Que aceitasse e que não censurasse os seus sentimentos. Queria dizer-lhe tantas coisas que ficaram presas na sua garganta... O sol queimava forte e ela se entregou as duvidas do seu coração e chorou pelo caminho em direção ao parque. Lagrimas contidas, mas que teimaram em escapar. Logo ela entrou no parque e a alegria das crianças ao seu redor a fizeram esquecer momentaneamente de tudo que estava sentindo.






Chegou em casa e chorou. Chorou por ser estúpida e se deixar levar por uma paixão descabida e não correpondida. Não chorava pela reação dele. Chorava de raiva contra ela mesma, por ser tão imatura. Chorava de frustração por não conseguir mais se dominar, por seus sentimentos terem tomado um rumo diferente do que ela havia imaginado. Ao som de Aqui de Ana Carolina, sentou-se e releu alguns dos poemas que havia escrito pra ele e que sabia que ele jamais leria.


Eu gostaria de saber
De que lugar veio essa paixão toda
Que você me fez sentir
Tão rapidamente.
Porque tem algo em você
Que me prende?
Porque desde que você me beijou
Pela primeira vez
Eu não me pertenço mais?
Quanto tempo eu tenho
Para fugir
Entre você me tocar
E a minha pele reagir?
E eu que achei que já havia passado
Por tantas coisas
E pela idade de sentir aquele frio na barriga
Veio você.
Surpreendendo-me a todo instante.
Cativando-me com tua espontaneidade.
Tua sinceridade.
Teu jeito doce.
Homem moleque
Menino maduro
Mistura explosiva
Que fez um bum no meu coração.
Agora estou aqui
A catar os pedaços
Que sobraram
Pra que ele bata
Quando você esta longe.
Porque a gente insiste em gostar de alguém
Que a razão diz não
Ela grita. Ela decreta
Mas o coração, esse bobo.
Diz sim. Eu quero. Eu posso
Eu vou. Eu mereço.
Seria tão mais fácil se ele fosse obediente
Se ele não tivesse vida própria
Vontades, desejos e anseios.





Sorriu, pois gostava desse em particular...





Você me faz perder os limites
Minha razão não tem nem chance
Contra minha emoção.
Estar com você é algo tão esplendoroso
Sigo apenas meus instintos
Coisas que você fez aflorar
E que eu nem sabia que existiam aqui dentro.
Estou adorando essa mulher
Que nasceu em mim.
Cheia de novas idéias
Novos conceitos
Experiências ainda não vividas
E sedenta de tudo que deixei pra amanha.
Quero tanto viver o agora
Com tudo de novo que ele me oferece
Essa atração tão forte
Algo que me toma
Governa-me
Conduz-me
A um caminho sem volta
Estou na beira de um abismo
E como anseio em cair nele
Olhos fechados
Braços abertos
Sentindo o vento no meu rosto.
Seu suor salgado no meu corpo
Profanando o meu leito
Você me provocando gemidos
Mais de prazer do que de dor
Ali nada nos separa
Nada interfere
Fica tudo pra depois
Naquele momento de entrega
Somos só nós dois
Encaixados. Quentes. Uníssonos.
Amantes. Cúmplices
E depois que tudo termina
Vejo aquele doce sorriso em teu rosto
Deitas-me em teus braços
E acaricia meus cabelos
Beija-me a boca, satisfeitos.
Momentaneamente
Pois a nossa fome
Essa não se sacia nunca
Ela sempre quer mais e mais
E recomeçamos tudo
Como se ainda não tivéssemos nos tocado
Sinto tudo novamente
Arrepios. Sedução.
Bocas molhadas.
Palavras impuras.




Releu todos, desde que haviam se conhecido. Observou as mudanças de apenas atração a quando começou a falar em sentimentos. Ali entendeu que como ela podia pedir a ele que não a censurasse se ela mesma o estava fazendo?
Sorriu e no fundo de seu coração agradeceu por estar sentindo aquilo. Quantas pessoas passam por essa vida sem sentirem o vendaval de uma paixão?
Mas não ela. Ela sentia. Ela entregou-se. E ela estava feliz. Muito. Realizada.
A partir daquele momento ela decidiu que não se culparia mais. Apenas deixaria as coisas acontecerem. Depois soube que a reação dele foi porque ele apenas não sabia como agir diante daquilo, mas não que ele estivesse chateado, como ela havia imaginado. Joanna continua escrevendo seus poemas, alguns tristes, outros eróticos, mas todos sempre muito apaixonados. Quem sabe um dia ela finalmente cria coragem e os mostra, e quem sabe assim Maurício entenda de uma vez por todas que por mais que ela tente, não consegue tira-lo nem de seus pensamentos e nem do seu coração. Que não planejou nada disso, mas que vive intensamente tudo que esse sentimento a oferece. A alegria, as saudades, as dúvidas, o desejo. E talvez nesse dia ela se sinta completa apenas por ter sido finalmente compreendida.

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